Podcast para o público gamer… Devorem seus controles!

Commandos


Estava navegando pela Steam alguns dias atrás e percebi que fazia um bom tempo que não jogava algum game bacana de estratégia, seja em turno ou tempo real mesmo. Acredito que fazia pelo menos uns 6 anos desde a minha última derrota em Age of Empires II (sim, eu era ruim de doer), por isso resolvi no mesmo momento entrar na sessão e ver o que a Valve havia reservado para saciar a minha sedenta vontade de ficar parado, sem quase mexer o mouse e olhando para personagens minúsculos que mal se moviam, após mandar uma determinada ação.

Fiquei navegando por um bom tempo, tentando achar algum que me cativasse. Mesmo com títulos consagrados na lista, nenhum fazia aquela vontade insana de começar a jogar imediatamente vir à tona. Talvez eu já soubesse o que queria, mas meu consciente ainda não tinha processado. Fato é que resolvi por um breve momento digitar no campo de busca pela palavra Commandos. Foi o suficiente para descobrir o que queria e perceber que todos os jogos de uma das melhores séries que já havia jogado em toda a minha vida estavam lá, a preços de banana. Levou apenas 5 minutos para comprá-los (não comprei o meliante Strike Force e já explico o motivo) e mais 20 para baixar a primeira versão com a qual estou perdendo noites de sono para finalizar (parei de escrever essa coluna várias vezes para continuar a jogatina).

A série é dividida 4 games (na verdade 5, mas não considero o meliante já mencionado).:
- Commandos 1 Behind Enemy Lines
- Commandos 1 Beyond the Call of Duty
- Commandos 2 Men of Courage
- Commandos 3 Destination Berlin

O primeiro, sucesso de vendas e críticas possui 20 missões, muitas baseadas em filmes. Os personagens são guerreiros treinados em determinadas habilidades (uma por personagem), permitindo assim atravessar rios a nado, se infiltrar no inimigo como espião, preparar e explodir bombas, dirigir carros, etc… A dificuldade do jogo é primorosa e enche os olhos daqueles que procuram por bons desafios. Não basta apenas mover o seu personagem aleatoriamente. É preciso acompanhar o andamento das tropas inimigas, sejam seus passos ou até somente seus olhos, tudo para garantir não ser visto e assim não comprometer a missão. A diversidade de objetivos e locais, também é um ponto positivo. Haverá montanhas encobertas de neve onde é necessário tomar cuidado com as pegadas deixadas, hidreelétricas para serem mandadas para o ar, resgatar aliados presos no norte da áfrica, tudo com o máximo de cuidado e inteligência.

Beyond the Call of Duty está mais para uma expansão do que para uma nova sequência, porque possui apenas 8 missões, mas – pasmen – ainda mais dificeis do que a do primeiro jogo. Algumas melhorias foram feitas deixando o jogo ainda melhor. O nível de stealth foi aumentado, incluindo inclusive imensos cenários, onde nenhum tipo pode ser disparado, caso contrário o objetivo foge de carro.

Infelizmente (deixo claro que essa é a minha impressão), as outras duas sequências foram bastante inferiores às duas primeiras. Apesar de melhorias importantes como mudança para Engine 3D, possibilidade de visualizar internamente os imóveis, rotação no cenário (Destination Berlin), novos personagens, novas habilidades, o jogo pecava por uma excessiva lentidão na execução das tarefas (sim, me refiro ao movimento dos personagens) e principalmente na descaracterização dos personagens originais. Ainda eram os mesmos, mas a voz, o sotaque, as respostas que eles lhe davam após um comando iniciado e executado, eram totalmente diferentes dos originais (você consegue assistir um filme dublado do Stallone sem ter sido dublado pelo dublador oficial dele? Provavelmente não, rs). Aliado a isso, a versão 3 possuía missões fáceis e pequenas.

Patinho mais que feio

Já deu para perceber que negligêncio a existência do entitulado Strike Forces. Minha raiva com o jogo é simples. 1. Ele é FPS. Não entenda errado, gosto muito desse estilo, mas a mudança se deu porque era a época (2006) que esse tipo de jogo ganhava muita força, ou seja, a mudança foi somente por moda. 2. A estratégia foi, veio a ação. A idéia era mesclar ambos, exatamente como nos jogos anteriores, mas do segundo nada se viu e parecia um Call of Duty com outro nome. 3. Genérico. Imagina um FPS genérico. Não é dificil. Imaginou? Então troca o nome por Commandos – Strike Force e o resultado será o mesmo.

Apesar das falhas que os últimos jogos cometeram, não posso deixar de dizer que Commandos é uma das séries mais celebres que joguei no PC. Jogá-la, traz aquela magia que somente quem estava na época dos adventures da LucasArts, da Sierra ou dos primeiros jogos da própria Eidos (distribuidora aqui) entende. Se com esse texto, eu puder fazer você leitor, entendê-la e melhor, experimentá-la, terei cumprido meu papel com a coluna dessa semana.

PS.: Por ser jogos antigos, alguns problemas podem ocorrer em sistemas mais novos (windows 7 por exemplo), por isso é bastante recomendado acessar o fórum da Steam. Lá tem um guia criado pelos usuários para corrigir esses bugs. Segue o endereço http://bit.ly/m2QPKF

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  • Salese

    Joguei muito! Outro no mesmo estilo que gostava muito é Desperados, mas só o primeiro. Aquele 3D que saiu depois foi fracasso…

    • http://profiles.google.com/jfgrocha Jose Rocha

      Eu lembro de Desperados, mas minha máquina não rodava na época (aliás, rodava muito mal) por isso não joguei. Darei uma nova chance!