A maquina de imprimir dinheiro da casa do Bigode nos trouxe muitos, mas muitos mesmo, jogos bons (outros muitos não, paciência) e com isso muitos explorando as funções do DS. Mostrando que quando uma produtora quer, ela vai e faz algo inovador nos jogos, o Team Ninja trouxe o jogo que liga o primeiro lançado para o primeiro Xbox, com o segundo jogo já para 360 e PS3, para você literalmente ter o controle em suas mãos. Eis que surge Ninja Gaiden Dragon Sword, um jogo “hardcore” em console “casual” (rotulador gona rotular).
Trazendo Ryu Hayabusa de volta a ação como em todo jogo da série, logo de cara vemos que não é apenas mais um jogo usando duas telas e touchscreen para dizer que está aproveitando o diferencial do DS. Logo que começar a jogar, vire seu DS como um livro. Isso, o jogo rola com o DS aberto como um livro e toda a ação rola na tela de toque com auxilio da stylus. Exatamente jovens, esqueçam os botões (menos os botões de “ombro” para sobrevivencia) e encare o espirito ninja com sua kataná.
Ryu Hayabusa está de volta à sua vila, que foi totalmente reconstruída depois da batalha contra o Império Vigoor. Mas logo problemas surgem quando sua protegida, a aprendiz Momiji, é raptada e ele, instruído pelo mestre Muramasa, precisa partir em busca de oito pedras mágicas capazes de liberar um grande poder, o qual pode salvar a garota. Ela, aliás, passa a ter um papel importante na mitologia da saga, inclusive ensinando o novo esquema de jogo.
Conforme o jogo vai ensinando, notamos que a jogabilidade não é um bicho de sete cabeças. A movimentação é realizada com a Stylus indicando o caminho para Ryu/Momiji seguir. Quando surgem os inimigos, os ataques são realizando deslizando a Stylus para todos os sentidos, menos para cima pois realiza o pulo porém há comboms com pulo. Essa parte pode ser a dor de cabeça de todos que têm extremo cuidado com a tela de toque do DS. Os ninjas ainda contam com arremessos de shuryken, clicando a Stylus sobre os inimigos.
Não feliz com tudo isso? Ok, o jogo ainda trás os Jutsus que todo bom ninja sabe (bitchs … please, sem Narutarem nos comentários) trazendo até nesses momentos o sentimento de realmente estar encarnando Hayabusa (pra que Kinect?). Cada Jutsu tem seu desenho e você deverá completar sua sequencia com a Stylus fazendo todos aqueles gestos ninjas que você deve bem conhecer.
A arte do jogo é extremamente agradavel unindo o estilo mangá, com finalização em anime em estilo pergaminhos históricos. Todos os desenhos são impecaveis, desde o garotinho da vila, ao dragão badass que fugiu do Livro dos Monstros de D&D. O Team Ninja foi muito competente nessa parte visto que, a touchscreen é muito quadriculada e sempre que rola uma animação ou gráfico do tipo, fica estranho de ver porém, em Dragon Sword está perfeito.
Ninja Gaiden – Dragon Sword é o jogo que os fãs não podem deixar de jogar, ainda mais os que sofreram com as versões 8 bits e sobreviveram a experiência de encarar demonios na Amazônia com a extrema dificuldade que o jogo passava com seus desafios. Dragon Sword não é tão carrasco quanto entretanto, trás desafio para o pessoal da época encarar com vontade. Para quem não conhecia a franquia, o gameplay é o grande fator para atrair o jogador e não decepciona, apesar de falhar em alguns momentos.